Economia
15/05/2025
A redução ou interrupção da geração de energia solar ou eólica (curtailment), por ordem da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), gera prejuízo bilionário e ameaça o futuro da energia renovável.
O alerta foi feito pelo CERNE Brasil (Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia), com sede em Natal.
Os cortes ocorrem mesmo com sol e vento disponíveis, levando as usinas a parar ou reduzir a produção.
Segundo o CERNE, o prejuízo foi de R$ 1,6 bilhão no ano passado, e a estimativa para 2025 é de mais de R$ 2 bilhões em perdas. Os geradores do Nordeste são os mais atingidos.
A interrupção na geração de energia afeta os custos de operação e manutenção, investimentos, empregos e receitas municipais.
As causas do problema são pelo menos três: crescimento da geração por térmicas e hidrelétricas; desequilíbrio entre fontes centralizadas e distribuídas; e aumento de renováveis fora do mercado regulado.
O CERNE propõe quatro soluções: estímulo ao consumo regional de energia; implantação de hubs de hidrogênio verde (H2V); atração de datacenters; e instalação de compensadores para estabilizar o sistema.
Por conta da crise na geração de energia solar ou eólica, o Índice de Confiança das Energias Renováveis (ICER) caiu para 66,6 pontos, o menor já registrado.
é um jornalista e radialista do Rio Grande do Norte, com mais de 40 anos de carreira. Formado em Comunicação Social pela UFRN e em Direito pela UNP, atuou em vários veículos importantes locais e nacionais (Tribuna do Norte, Diário de Natal, TV Globo, TV Record Brasília, SBT, Band e rádios 96 FM, 98 FM e 91.9 FM). Foi diretor-geral da TV Assembleia Legislativa do RN. Foi coordenador de comunicação da Potigas, e assessor da presidência da Petrobras. Apresenta e edita o Jornal da MIX, na 103.9 FM Natal.
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