Política
04/09/2025
Além do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, só se fala de uma coisa em Brasília:
O avanço do projeto de anistia para os condenados do 8 de Janeiro.
Ninguém sabe ainda os detalhes do texto, nem o alcance da medida.
Há quem diga que a matéria pode ser votada na Câmara dos Deputados em até duas semanas, logo após o veredicto dos ministros que julgam Bolsonaro na 1ª turma do STF.
A notícia que corre solta é que Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, já não tem como segurar a votação do projeto que tanto interessa aos bolsonaristas.
Pelo regimento interno da Câmara, são necessários 257 deputados para aprovação da urgência, levando o assunto diretamente ao plenário da Casa.
A oposição está confiante na vitória tanto na urgência, como também na votação do mérito.
O problema é que a anistia seguirá para o Senado, onde Davi Alcolumbre (União-AP), aliado do governo Lula, dá sinais de que vai matar no peito e vai segurar o projeto.
Aliado do presidente Lula e muito próximo ao ministro Alexandre de Moraes, o presidente do Senado não deve pautar a matéria.
Ontem, Lula pediu a Alcolumbre empenho contra a aprovação de indulto aos participantes dos atos golpistas.
O Palácio do Planalto avalia que o perdão a Bolsonaro e seus aliados significará uma rendição ao presidente dos EUA, Donald Trump.
Isso sem falar na encrenca que pode ser criada com o STF.
Mesmo que seja aprovado nas duas casas do Congresso Nacional, o projeto da anistia ainda terá dois grandes obstáculos:
A sanção do presidente Lula, tida hoje como improvável; e a análise da constitucionalidade no STF, cuja maioria dos ministros é amplamente favorável à punição dos golpistas.
Como se vê, estamos longe de resolver o problema.
A anistia para Bolsonaro seguirá dividindo o país.
Confira o vídeo da Análise da Notícia:
DD.
é um jornalista e radialista do Rio Grande do Norte, com mais de 40 anos de carreira. Formado em Comunicação Social pela UFRN e em Direito pela UNP, atuou em vários veículos importantes locais e nacionais (Tribuna do Norte, Diário de Natal, TV Globo, TV Record Brasília, SBT, Band e rádios 96 FM, 98 FM e 91.9 FM). Foi diretor-geral da TV Assembleia Legislativa do RN. Foi coordenador de comunicação da Potigas, e assessor da presidência da Petrobras. Apresenta e edita o Jornal da MIX, na 103.9 FM Natal.
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