Tebet defende revisão de gastos e diz que corte de 10% é só “ponto de partida”

Andressa Anholete/Agência Senado

Segundo Simone Tebet, um corte linear de 10% nos subsídios fiscais seria apenas um ponto de partida e não de chegada.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou ontem (19), em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que a revisão de gastos não deve ser vista como algo “nefasto”.

Segundo ela, cuidar bem do dinheiro público é uma responsabilidade coletiva.

“Está na hora da gente tirar esse tabu de falar de spending review, revisão de gastos, como se fosse alguma coisa nefasta. Ao contrário. A gente tem que gastar bem o pouco recurso que a gente tem”, disse.

Tebet também defendeu a revisão dos gastos tributários, que incluem isenções e renúncias fiscais, e hoje passam de meio trilhão de reais.

A ministra avaliou que um corte linear de 10% nos subsídios pode servir como “ponto de partida, não de chegada”, reforçando que será preciso aprofundar as medidas a partir de 2026.

Ela garantiu ainda que o orçamento de 2026 será entregue até 31 de agosto, dentro do prazo legal.

Tebet assegurou que a meta fiscal prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) será mantida.