Economia
18/08/2025
O ex-senador Jean Paul Prates acredita que o Brasil está diante de uma oportunidade histórica na exploração em terras raras e outros minerais estratégicos.
“Com vastas reservas de lítio, nióbio, grafita, terras raras e outros minerais estratégicos, o país tem condições de se tornar protagonista da transição global para a energia limpa e a economia digital. Mas, para isso, é preciso abandonar improvisos e avançar em direção a uma política pública sólida e confiável”, disse Prates em artigo postado na plataforma Medium.com.
Jean Paul criticou o atual modelo de exploração dos recursos mineiras, citando o recente leilão da Agência Nacional de Mineração, no qual uma empresa recém-criada em Minas Gerais arrematou áreas de exploração maiores que o Distrito Federal.
“Ao permitir que agentes sem histórico ou capacidade financeira assumam concessões dessa magnitude, o Estado transmite o pior sinal possível: afasta investidores sérios e transforma recursos estratégicos em ativos especulativos”, disse o economista.
Jean Paul Prates lembrou que os minerais críticos não são commodities comuns. “Eles são a espinha dorsal da economia verde e digital, presentes em baterias, semicondutores, turbinas eólicas, telecomunicações e aplicações de defesa. Quem dominar sua produção, processamento e integração industrial terá papel decisivo na geopolítica do século XXI. Por isso, não se trata apenas de explorar reservas, mas de integrá-las a uma política industrial e tecnológica nacional”, escreveu.
O ex-senador destacou que países como Turquia, Índia e Canadá já compreenderam a relevância dos minerais críticos para economia global. China e Estados Unidos travam há tempos uma forte disputa para garantir controle e acesso às terras raras.
“Se quisermos protagonismo, concessões devem ser condicionadas a compromissos de investimento real, processamento local e integração às cadeias produtivas nacionais. Mais que extrair, é preciso refinar, industrializar e inovar no Brasil”, disse.
“A corrida global pelos minerais críticos não é apenas sobre geologia – é sobre visão, credibilidade e soberania”, completou Jean Paul.
é um jornalista e radialista do Rio Grande do Norte, com mais de 40 anos de carreira. Formado em Comunicação Social pela UFRN e em Direito pela UNP, atuou em vários veículos importantes locais e nacionais (Tribuna do Norte, Diário de Natal, TV Globo, TV Record Brasília, SBT, Band e rádios 96 FM, 98 FM e 91.9 FM). Foi diretor-geral da TV Assembleia Legislativa do RN. Foi coordenador de comunicação da Potigas, e assessor da presidência da Petrobras. Apresenta e edita o Jornal da MIX, na 103.9 FM Natal.
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