Política
03/09/2025
As lideranças da federação União Progressista, que reúne as legendas União Brasil e Partido Progressista, anunciaram, de uma vez por todas, que estão entregando os cargos que ocupam no governo Lula.
Já não era sem tempo.
Pode ser o fim da hipocrisia de ocupar espaços numa gestão contrária aos próprios interesses políticos.
O presidente Lula (PT) nunca contou com o apoio total destas legendas nas votações mais importantes de interesse do governo no Congresso Nacional.
Essa turma sempre foi majoritariamente bolsonarista ou antagônica ao PT. Água e óleo não se misturam.
Portanto, a tentativa de aliança de Lula com essa parte do Centrão estava fadada ao fracasso.
José Agripino Maia, líder do União Brasil no Rio Grande do Norte, sempre defendeu o afastamento do governo petista.
O ex-senador nunca aventou a possibilidade de aproximação com o governo da professora Fátima Bezerra, do PT.
Agripino sempre fez questão de afirmar a condição de adversário da gestão petista.
A decisão da federação União Progressista tem tudo a ver com a eleição presidencial.
O grupo quer engrossar a pré-candidatura de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, à sucessão de Lula.
Entre os anéis que serão entregues pela federação estão os ministérios do Turismo, Esporte, Comunicações e Integração Nacional, além do comando da Caixa Econômica Federal.
Políticos como André Fufuca (PP-MA), que cuida do Esporte, e Celso Sabino (União-PA), do Turismo, gostariam de ficar até o ano que vem.
Mas terão de largar o osso agora, sob pena de sanções partidárias.
Fufuca e Sabino são deputados federais licenciados. Voltarão para suas emendas e fundos eleitorais e partidários. Ninguém deve se preocupar: Eles vão ficar bem.
Ontem, Fufuca e Sabino mantiveram suas agendas mas terão de resolver essa parada até 30 de setembro, porque são filiados aos partidos da federação/
Tem um detalhe nessa história: os indicados do senador Davi Alcolumbre para Comunicações (Frederico Siqueira Filho) e Integração Nacional (Waldez Góes) deverão permanecer no governo Lula porque são tratados como indicações “técnicas” do presidente do Senado.
Waldez, por exemplo, nem da federação é. O ministro está filiado ao PDT.
O entendimento pode valer para o comando da Caixa, responsabilidade do deputado Arthur Lira/
Ou seja, a ordem é para desembarcar do governo Lula, mas nem tanto.
Confira o vídeo da Análise da Notícia:
DD.
é um jornalista e radialista do Rio Grande do Norte, com mais de 40 anos de carreira. Formado em Comunicação Social pela UFRN e em Direito pela UNP, atuou em vários veículos importantes locais e nacionais (Tribuna do Norte, Diário de Natal, TV Globo, TV Record Brasília, SBT, Band e rádios 96 FM, 98 FM e 91.9 FM). Foi diretor-geral da TV Assembleia Legislativa do RN. Foi coordenador de comunicação da Potigas, e assessor da presidência da Petrobras. Apresenta e edita o Jornal da MIX, na 103.9 FM Natal.
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